domingo, 5 de julho de 2009

Sinto saudade do amor pelo qual sonhei,
Um sonho de vida plena, atemporal.
Sinto saudade do amor pelo qual chorei,
Um choro com sorriso na boca, contente.
Sinto saudade do amor pelo qual sofri de dor,
Uma dor doída no peito, da felicidade
Que de tão grande não se pôde acomodar
No espaço demasiado apertado de um coração.
Sinto saudade do amor sentido por cada parte
Do milagre frágil deste corpo transitório
Que se metamorfoseava em luz pela presença
Fugaz da mera respiração do ser amado.
Esse é o amor que me tem saudoso
E iluminado pela esperança que não chega de esperar
Por um suspiro teimoso que não encontra eco
ao soltar-se displicente, sem licença e sem censura.
É esse amor mesmo, pueril e incauto,
sem rédeas e sem rodeios, que tanto me faz falta.
E que falta! Falta daquilo que poderia vir a ser...
Pois o que o é, quisera eu assim não fosse
Raramente, quando se vai, deixa saudade.
(Larissa Maria Martin)

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